sábado, 17 de abril de 2010

Janis Joplin



                              
Janis Lynn Joplin nasceu no dia 19 de janeiro de 1943, na míniscula cidade de Port Arthur, Texas. Era filha de Seth (engenheiro da Texaco) e Dorothy (diretora de escola) e irmã de Michael e Laura. A família freqüentava a “Igreja de Cristo” e, desde cedo, seus pais perceberam que Janis necessitava de mais atenção do que os outros filhos. Segundo sua mãe, ela era infeliz e muito carente. Na adolescência, ela só tinha amigo considerado “outsider”. Um dos garotos mostrou os discos dos cantores de blues, Bessie Smith (cantora de sucesso dos anos de 1920 e 1930) e Leadbelly – suas primeiras influências musicais.
Adolescência
Ela começou a cantar num coro e ampliou seu gosto musical ouvindo Odetta (cantora símbolo do movimento pelos direitos civis dos negros americanos) e Big Mamma Thornton (cantora de blues dos anos de 1950). Também desenvolveu gosto pela pintura e começou a cantar blues e folk para os colegas de classe. Contudo, ela se sentia discriminada na escola: “Eu me sentia deslocada. Eu lia, pintava e não odiava negros”.  Para piorar, quando seus hormônios gritavam, engordou e seu rosto ficou repleto de espinhas. Se isto não bastasse, rotineiramente, era chamada de “esquisita”, “estranha” e “porca” por alguns colegas de classe. Janis se formou no ensino médio em 1960. Cursou durante um verão a Universidade de Lamar e mais tarde a Universidade do Texas, em Austin – que também abandonou. Num jornal encontrado na Universidade havia um perfil de Janis, escrito em 1962 com o título: “Ela ousou ser diferente”.
Carreira
Na casa de alguns colegas gravou em fita K-7 sua primeira música “What Good Can Drinkin’ Do”.  No mesmo ano, se muda para North Beach, em São Francisco. Em 1963, ao lado do guitarrista Jorma Kaulonen (anos depois, estaria no grupo Jefferson Airplane) gravou clássicos do blues. O resultado foi “The Typerwriter Tape” - um álbum não creditado. Também adquiriu o gosto por uísque, maconha, anfetaminas, ácido, tabaco, vodca, cocaína e metadona e heroína. Na primavera de 1965, preocupados pelo excesso de aditivos (seu corpo definhava e parecia esquelético), amigos sugiram que voltasse para Port Arthur – sua cidade natal. Para conseguir convencê-la, eles organizam uma festa no ônibus que a levaria de volta.
De volta para casa
Foi uma mudança e tanto. Parou de usar drogas, engordou, começou a cursar sociologia, ficou noiva, mas logo rompeu com o moço. Também voltou a se apresentar sozinha, usando apenas uma guitarra. Contudo, o destino estava traçado e não tinha como mudar.
Destino
Em 1966, o estilo vocal de Janis chamou a atenção do grupo Big Brother and the Holding Company e ela foi convidada a ser vocalista. Eles se apresentam com grande sucesso no Festival Pop de Monterey. Logo, gravam disco “Big Brother & the Holding Company”, com destaque para “Bye, Bye Babye”, “Call me” e “Down on Me”. Em seguida, a performance ao vivo no Bill Graham’s Fillmore Auditorium vira o álbum “Cheap Thrills”, com a hipnótica e antológica interpretação de Janis de “Summertime (música de George Gershwin)”, “Ball and Chain” e “Pierce of My Heart”. Janis buscava mais liberdade de decisão no rumo de sua carreira e abandona a banda, para formar “The Kozmic Blues Band”. Todas as músicas viraram clássicos, como “Try”, “Maybe”, “One Good Man” e “Kozmic Blues”. Em agosto de 1969, eles se apresentam em Woodstock. Nesta época também, Janis estava numa louca viagem no vício de heroína. No final de 1969, o grupo se desfaz.
Brasil
Na tentativa de ficar “limpa”, ela se jogou no Brasil em fevereiro 1970, acompanhada de sua amiga, a figurinista Linda Gravenites e por David Niehaus – que Janis estava apaixonada.
Por aqui, foi expulsa do Copacabana Palace por nadar pelada na piscina e chorou muito. Fez topless em Copacabana, foi presa e logo liberada. Foi impedida de entrar num camarote durante o carnaval, sob a alegação de ser “feia”. Cantou num inferninho (e aplaudida de pé) e circulou para cá e para lá ao lado do fotógrafo bonitão Rick Ferreira (dono das raras fotos deste post).
De volta aos EUA... Morreu oito meses depois de uma overdose no dia 04 de outubro de 1970, em Los Angeles.
Tinha 27 anos.
Póstumo
Quatro meses depois, é lançado “Pearls”, considerado o melhor disco de sua carreira.
Entre os clássicos, “Me and Bobby McGee”, “Cry Baby” e “Mercedes Benz (sua última gravação)”. Hollywood ainda não conseguiu filmar a intensa vida de Janis, mas em 1979, Bette Midler estrelou “A Rosa” – uma emocionante estória inspirada livremente na sua estória.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentário